No Fundão, alguns dias antes do Natal, um tractor levava grossos troncos de árvore e outra lenha mais miúda, para o largo da Igreja, onde montava uma grande pirâmide em frente da porta principal.Depois, na noite de Natal, acendiam o "madeiro".
A terra em que nasci, as suas cores, odores, sons e sabores. Os sonhos, as esperas, os afectos, as perdas... a minha vida.
No Fundão, alguns dias antes do Natal, um tractor levava grossos troncos de árvore e outra lenha mais miúda, para o largo da Igreja, onde montava uma grande pirâmide em frente da porta principal.
Seria desta idade, ou um pouco mais velha, quando ficou pronta a casa da quinta e fomos passar lá a noite de Natal. Tinha 10 anos feitos em Junho e frequentava o 1º ano do liceu.
Esta escapou...
Mesmo de férias e na praia, como única filha, eu tinha de estar sempre vestida e penteada a rigor. Só o boné destoa!
No jardim da quinta havia uma laranjeira, lá ao fundo, à entrada da garagem dos tractores, que na altura desta foto, já tomava corpo.
Um dia de sol no fim do Outono.
A pressa da Bagui já se compreende.O pai participava e arranjava sempre par para fazer equipa.
A assistência tão murchinha... a criança, o polícia... tudo tem a ver com as provas desportivas em velocidade e as corridas na ponte Vasco da Gama altas horas da manhã, de agora!

Não conhecem com quem falam, não a podem tocar, nem ver ou ouvir as suas gargalhadas, na maioria dos casos. O cine proporcionou muito mais que isso toda a sua vida. Encontros, namoros, amizades, cavaqueira apenas. Mas tudo ao vivo e a cores... a fazer bater mais forte o coração!


No parque de campismo do Fundão, o Paulo e a Maria Eduarda foram visitados pelos meus pais, pela tia Salete e pela amiga Tila.
O Paulo era o filho mais novo da Mimila.
O Zé, o filho mais velho da Mimila, casou com a Rosa Maria, a quem namorava já há muitos anos e foram viver para Mirandela.
Aqui, a Mimila com a Teresa, a Rozarinho e uma outra criança, que não conheço o nome. O Zé, O Paulo e a Teresa, os 3 filhos da pessoa mais adorável que existiu à face da Terra- a Mimila.
O Paulo e o Zé já estão com ela.
A Teresa continua a acarinhar a filhota, já adulta.
Como deve sentir saudade da mãe!
Se há fotos que me fazem rir, esta é uma delas.
Haverá figurinha mais tristota?Na praia, debaixo do toldo, no calor do mês de Agosto, eu... completamente enfarpelada com saias e bibes de folhos, cabelo penteado, borboleta engomada e...pés descalços.
Como é possível fazerem uma coisa destas a uma criança?
Sentarem-na ao sol, vestidíssima, penteada e pronta, uma vez mais, para ficar horas a olhar para o sol.
Não havia ninguém por lá com sensibilidade para partir a máquina fotográfica?
Que bom ter um fato de banho pequenino, correr na beira do mar, brincar na espuma salgada da rebentação das ondas e fazer castelos na areia, com as formas de conchas e peixes... gozar a natureza em liberdade.


O bairro de Londres, os cabelos compridos, a barriga ausente e o futuro a adivinhar-se...
O pobrezinho do Kid tem mesmo vida de cachorro!!!
Em frente à capoeira das galinhas encontraram finalmente o lugar ideal para fazerem o registo fotográfico!!!
Tanto que eu gostava de ver a rua atrás...Não consigo entender porque tinham que anular o cenário natural em cada fotografia que nos tiravam. Desta vez com um casaco comprido...
Tinham ideias persistentes. Fazer o registo para a posteridade em cima de um veículo (motorizado ou quase), era uma delas.
Quase caio da "bruta máquina", que ameaça tombar para a esquerda, mas mantenho a pose. Começava a habituar-me, a tomar-lhe o jeito.
Ainda se podia conduzir sem capacete e sem carta de condução, mas o mais difícil era fazê-lo sem chegar com os pés aos pedais.
Agora compreendo porque ainda não gosto de ser fotografada!
Esta foto é para a "Julieta" dos olhos cor do céu e dos cabelos de ouro...
Já então era "moço bonito" de morrer!
Anafadinho, como se tivesse sido picado pelas abelhas. As mãos, as bochechinhas...
Inchados, os dois, pai e filho, de um amor tão belo como o luar, tão quente como o sol, tão forte como o vento, tão profundo como o mar, tão generoso como o sonhar, tão livre como o pensamento e tão constante como o tempo.

As latadas cheias de uvas maduras que seriam vindimadas em Setembro, no fim do Verão, faziam sombra para as correrias em bicicleta, as passeatas em que as crianças trocavam os novelos feitos de fios dourados da sua imaginação.
O tanque da roupa era uma tentação!
As minhas colegas de escola... A Ana Maria, a São,a Elvira, a Tereza, a Mizé, a Isabel Rosa e outras.
Cerejeiras em flor.Quando a neve e a geada se despedem, rebentam as folhas novas, bordando a matiz as encostas da Serra.
Depois, com os primeiros raios de Sol a aquecer o ar, as cerejeiras florescem e enfeitam a grande sala que é a Cova da Beira, com magotes de pequenas pétalas rendadas, alvas e rosadas, numa festa para a vista e para o coração.
Mais algum tempo e transformadas em tapete macio, dão lugar ao vermelho vivo das cerejas, vergando com o seu peso os ramos mais frágeis, enchendo de cor o horizonte e anunciando a proximidade do Verão.
O Manelito aprendeu a conduzir muito cedo. começou por ter um carrinho de pedais, depois um triciclo, depressa teve uma bicicleta e ainda não chegava aos pedais, já conduzia o carro.
Mudar de ares fazia bem às crianças...
Brincar na rua era possível. E esta era uma das principais ruas do Fundão, junto dos campos onde foi traçada a avenida. Ao fundo está a Auto-Transportes. Parece que foi há muito tempo, no entanto os carros e os prédios é que se multiplicaram depressa demais.
Lá atrás, um carro mais moderno que o Balila... Vejo agora que este também tem a tal plataforma para subir. Pela minha idade, não era aquele que eu recordava, nem este sequer.