O meu pai recebia os netos, talvez para o habitual almoço de sábado.
A Bagui, toda decidida, caminhava para casa, enquanto o Pedro se ficava pelo aconchego da mãe e do avô.
As dornas que serviram na vindima e estavam a lavar antes de voltarem para a adega, junto das videiras da latada, que esperavam a poda lá mais para o Inverno.
A seguir, o olival, os edifícios do lagar e da adega e bem ao fundo, parte da Serra da Gardunha, assistindo magestosa à mudança das estações.
A pressa da Bagui já se compreende.A avó tinha sempre umas bolachinhas para "entreter a debilidade", como dizia o avô, que lhe deu um sorriso de orelha a orelha.
O Pedro vem muito bem trajado... calças de fazenda com vinco, camisola de lã e colete sem mangas. Não sei porquê, mas cheira-me a que são tricots feitos pelas vóvós!
Nesta varanda simples, sem luxos, vivemos muitas horas de boa disposição.
Aqui crescemos com o ar puro da Serra, o aconchego da nossa terra e o calor do amor.
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