16/06/2007

O bailarico

Já que estou na onda das fotos engraçadas, escolho esta também.
A tia Anita, fizera uma casa em Valverde e lembro-me de ficar lá, de vez em quando, para passar um fim de semana com a minha prima Lurdes.
A casa ainda não tinha electricidade, nem água canalizada. À noite, iamos para a cama com um candeeiro a petróleo, que me encantava tanto pelo feitio, como pela chama regular, como pelas sombras que projectava nas paredes. Na cozinha havia uns potes grandes, em barro, donde se tirava a água para beber e cozinhar. Alguém os enchia, mas esse pormenor, não me despertou a atenção.
Os meus pais devem ter ido passear com o Raul, (amigo que vivia no Brasil e vinha visitar-nos de vez em quando), ou mesmo almoçar a casa da tia Anita. Só não me lembro donde vinha a música para o baile... de um rádio, talvez. E o piso... maravilhoso para dançar a valsa. Eu estava um tanto vexada, ao ser fotografada assim, contra a barriga do amigo do Brasil!!! Ainda hoje, quando estou pouco confortável ou nervosa, me rio ou sorrio "amareladamente".
Da esquerda para a direita - a Amélia e a tia Anita, a Lurdes e o Augusto, os meus pais e o Raul, que tanta curiosidade me despertava, por viver tão longe e falar de uma forma tão engraçada (as telenovelas ainda demorariam a chegar e tornar familiar aquele sotaque).

Um último olhar... fizeram o baile no caminho! Ainda não se temia o trânsito, em Valverde.

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